Bentley Continental GTC

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Objecto de culto

Bentley Continental GTC

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Suplanta os 300 Km/h e mantém uma elegância rara num desportivo. Eis um verdadeiro objecto de culto.

O Continental GTC vale muito para além do nome que exibe na frente ou do facto de se tratar de um carro aberto. Drivado do Continental GT, um dos automóveis mais marcantes deste século que chama a si o mérito de ter liderado a recuperação da Bentley, o GTC assume o melhor da tradição da marca britânica no domínio dos automóveis abertos de luxo.
Facilmente reconhecido como um Continental, o GTC conserva as formas elaboradas e uma linha de cintura alta, bem como a aparência sólida mas muito elegante, sendo na traseira que residem as principais alterações, com o intuito de poder alojar a capota em lona sem roubar espaço na bagageira. E este é um dado importante, uma vez que mesmo com a capota recolhida a capacidade de bagagem atinge os 235 litros, permitindo que este seja, realmente, um cabrio para ser utilizado em família.
Destaque especial merece, também, a estanquecidade e o isolamento térmico e acústico, de tal maneira que só a velocidades muito elevadas são audíveis alguns ruídos de aerodinâmica. Tal só foi possível porque o GTC passou várias horas no túnel de vento, daí resultando a definição final das formas e a adopção de algumas subtilezas como as saias laterais e o desenho da tampa da mala em forma de deflector para um melhor escoamento do ar e uma maior precisão do trem traseiro. Afinal, pormenores essenciais para um carro que alcança os 312 Km/h (306 Km/h quando aberto).


Exclusividade ao máximo

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Mas a capota, cujo revestimento de grande qualidade não deixa adivinhar que estamos em presença de um cabrio, é só mais um exemplo do rigor colocado na construção do GTC, não sendo por acaso que cada unidade demora entre 14 e 16 dias a ser produzida, consoante o grau de personalização. O cliente pode escolher de entre cinco tipos de madeiras para o acabamento interior, 17 tonalidades de pele e um sem número de equipamentos. Só para fazer um volante, por exemplo, são necessárias oito horas, o mesmo tempo que demora a cozer a pele de um dos bancos dianteiros. Tudo para chegar aos incomparáveis níveis de exclusividade e requinte que são apanágio dos Bentley e que apenas podem ser obtidos porque a construção segue os mesmos princípios artesanais utilizados desde há quase 90 anos.
O que, no entanto, não significa que no interior não encontremos as tecnologias mais evoluídas, quer do ponto de vista do conforto, como da condução e do entretenimento, a par de detalhes de extraordinário bom gosto.


Solidez não foi comprometida

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Mas além do luxo, outra herança forte dos Bentley tem a ver com os feitos desportivos e com as capacidades dinâmicas e também neste aspecto o GTC protagoniza uma espécie de regresso aos melhores tempos. Essencial, neste caso, foi a atenção dispensada à solidez da estrutura, sempre muito difícil de conseguir num cabrio e determinante num automóvel de altas prestações, ao influenciar o conforto, a segurança e, também, o comportamento. Sabendo bem disso, a Bentley fez um trabalho minucioso de reforço do chassis, evidente na quase absoluta ausência de vibrações, mas não conseguiu evitar um acréscimo de peso de 110 Kg face ao GT. Este peso exagerado (2495 Kg) é a principal crítica que podemos fazer ao GTC, dadas as consequências em termos de consumos e emissões, embora deva notar-se que no capítulo das prestações nada se lhe possa apontar de negativo.
Bem pelo contrário os mais de 300 Km/h e a aceleração de 0 a 100 Km/h em meros 5,1 segundos, são valores que colocam o GTC a par de um Porsche e talvez mais impressionante, ainda, é a vivacidade com que o motor reage “às ordens” do acelerador, conseguindo retomas de regime absolutamente convincentes.
O segredo desta performances prende-se com a utilização do motor de 12 cilindros em W com 6.0 litros de cilindrada e dois turbocompressores. De funcionamento muito linear e progressivo este motor oferece uns expressivos 560 CV de potência máxima, o que resulta numa relação peso/potência de 4,45 Kg/CV, e 650 Nm de binário disponíveis desde as 1600 rpm. Destaque, também, para o bom funcionamento da caixa de seis velocidades que pode funcionar em modo totalmente automático ou sequencial, com patilhas no volante para uma condução mais desportiva, que realiza um aproveitamento exemplar do motor, mostrando uma assinalável rapidez. Determinantes para o comportamento eficaz são, igualmente, a transmissão integral com um diferencial Torsen que assegura, automaticamente, a distribuição ideal do binário entre os dois eixos, bem como a suspensão pneumática de amortecimento variável. Através de um botão na consola central o condutor pode escolher de entre quatro programas de amortecimento, privilegiando o conforto ou, então, uma atitude mais desportiva. A este respeito refira-se, porém, que a firmeza leva sempre em conta a vocação menos “aguerrida” do Bentley, pelo que os quase 2500 Kg de peso e as dimensões fazem com que as transferências de peso em curvas de apoio sejam sempre um problema que fica por resolver.


Travões castigados

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A utilização preferencial do GTC, que está longe de ser puramente desportiva é, também, levada em conta na definição da direcção que é um pouco lenta, a privilegiar o conforto. Por fim, destaque para o sistema de travagem que leva em conta as altas prestações e o peso, o que explica a utilização de enormes discos (os maiores montados num carro de produção em série) mas ainda assim, numa condução mais rápida não tardamos a dar-nos conta de que?milagres não há, começando a surgir alguns ruídos, ao mesmo tempo que as distâncias de travagem começam a alterar-se.
Enfim, são as consequências previsíveis do compromisso que o Continental GTC pretende ser. Em termos dinâmicos, o objectivo não é desafiar um Porsche, embora as performances não fiquem longe, mas a imagem que irradia é muito mais exclusiva.
Por aí, pelas sensações que proporciona e pelo nome que exibe justifica, sem dúvida, os 260 mil euros que custa.
 
Coitado... foi apanhado nas mãos dos alemães... tiraram-lhe todo o pedigree britanico.

Agora é esperar que venha de novo o espirito british para a bentley, ou então lá vai ser mais uma marca sem carisma, sem personalidade, mais um carro... :roll: :evil:
 
Opá

Fdx Eu não podia ver isto

Faz me ficar muito frustrado pensar que nunca vou comprar uma coisa dessas :evil: :evil:

Jazuzes que esse cabrio partiu-me o esquema todo e o coupe todo preto com as jantes pretas :evil: :evil:

Esse carro

É pura pornografia automovel Luxo, requinte, bom gosto e performances ao mais alto nivel.

Eu tenho um desses se os melõ€€€s da marisa me baterem na tromba ... De certeza :twisted:
 
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