Um sujeito engravatado entra na lojinha do Abdul, no Martim Moniz, em
Lisboa, e olha com desprezo para o balcão escuro, as roupas
penduradas em ganchos, as caixas de papelão, os envólucros de
plástico aos montes pelo chão...
Abdul irrita-se com o desprezo do tipo e resmunga:
- Está a olhar para a loja do Abdul com cara de parvo porquê? Com esta
lojinha, Abdul tem apartamento no Cascais, tem apartamento no
Algarve, tem casa no Chiado, tem quinta no campo, tem filho a estudar
medicina nos Estados Unidos, tem filha estudando moda em Paris. Tudo
só com lojinha!
- Bom dia, eu sou fiscal das Finanças!
- Muito prazer! Eu, Abdul, monhé mais mentiroso do Martim Moniz...
Lisboa, e olha com desprezo para o balcão escuro, as roupas
penduradas em ganchos, as caixas de papelão, os envólucros de
plástico aos montes pelo chão...
Abdul irrita-se com o desprezo do tipo e resmunga:
- Está a olhar para a loja do Abdul com cara de parvo porquê? Com esta
lojinha, Abdul tem apartamento no Cascais, tem apartamento no
Algarve, tem casa no Chiado, tem quinta no campo, tem filho a estudar
medicina nos Estados Unidos, tem filha estudando moda em Paris. Tudo
só com lojinha!
- Bom dia, eu sou fiscal das Finanças!
- Muito prazer! Eu, Abdul, monhé mais mentiroso do Martim Moniz...