Esclareço que sou apartidário mas parece-me por bem apresentar algumas ideias que poderão enriquecer (ou não) a discussão.
Sócrates bom ou mau 1º ministro (e por muito que ele não queira nem reconheça) levou-nos para uma situação de rotura financeira (não de falência, isso são outros quinhentos, quem quiser posso esclarecer mas não aquenta nem arrefenta quanto ao que se discute).
Quem for analisar os números (nominais) do aumento da dívida constata que ela nos 6 anos socráticos cresceu mais que somando todos os outros 1ºs ministros - sim todos, deixo-vos um link
Infografia: Quem tem razão sobre a subida da dívida pública: Sócrates ou Portas?- Economia - Jornal de negócios online. Quanto a outra análise possível era ver estes números em termos percentuais (não fiz esta) mas parece-me que apenas confirmará o já dito. Há ainda uma outra que também interessaria (também não fiz), que era fazer esta analise passando os valores do crescimento da dívida dos outros 1ºs ministros para valores actuais (não é a mesma coisa comparar mil milhões de divida do ano passado e mil milhões de divida contraidos em 1990, por ex.) e assim poderia haver surpresas...
Quando se discute os termos usados por este ou por aquele por serem feios, ou que mais adjectivos lhes queiram dar, acho que é falso pudor, é estar a arranjar problema onde não existe, embora na última vez que alguém usou uma expressão censurada pela opinião publica não estava a falar de pintelhos/pentelhos como ele disse pois estas alterações envolvem várias centenas de milhões de euros.
Quanto ao que alguém disse que pior que sócrates é impossível, se calhar já alguém o tería dito quanto a outros. Para mim a máxima que reina é que nada é impossível até ser tentado. Depressa se constata que é possível fazer pior. E não mudar nada quando tudo corre mal é sempre ficar à espera de pior. Se calhar é por isso que corre uma máxima no futebol que em equipa que ganha não se mexe...
Quanto a quem diz que apenas há 2 alternativas (PS e PSD) e depois temos os governos que temos tido, estamos a reduzir os partidos que temos e em democracia acho que devemos manter o espirito aberto pois embora os partidos de esquerda mantenham discursos radicais depressa constatariam que são impossíveis e teriam que os moldar. Acho, apesar de tudo que o ideal seria passar a ser obrigatório a formação de governo com maioria absoluta pois nada ganhamos (embora haja quem diga que sim) com as negociações no parlamento na aprovação de legislação que permite o executar de diversas politicas. E digo-vos que serão importantes os partidos mais à esquerda para refrear o impecto liberal dos actuais politicos pois para quem trabalhar não trazem nada de bom...
Quanto aos submarinos dizer que o Portas
SÓ assinou o contrato é reduzir o que foi a participação dele no dito. É que o valor a pagar até aumentou e as contrapartidas (já não tenho a certeza se diminuiram ou se mantiveram) ficaram iguais...
Há sempre muito a dizer quanto aos politicos mas o princípal é que de forma visivel (e reconhecida hoje em dia) passaram a gerir a opinião publica de forma a potenciar o número de votos que conseguem, aliado à manutenção de clientelas. Nada me chatea que tenham clientelas, o problema é quando as clientelas se sobrepõem ao interesse publico (veja-se as parcerias publico/privadas que garantem taxas de retorno para os investidores superiores a 10%), foi assim que chegamos onde estamos. Pouco importa como se faz a actividade do Governo, esta deve visar sempre o interesse publico e o interesse publico é o bem da nação. Nunca estaremos todos contentes mas deverá tentar-se governar de forma a médio/longo prazo tentar beneficiar todos (indirectamente através da criação de riqueza geral - PIB).
Para terminar que isto já vai muuuuiiiito longo, quem pensar que o PSD no governo vai reorganizar as taxas de IVA (com vista a descida da TSU) e o PS não, pensem - ambos assinaram o mesmo documento. Uns poderão é estar a dizer mais no projecto de governação das reais intensões do que pretendem fazer e politicos por regra são sempre mentirosos, ou melhor, dizem a verdade em função da leitura que lhes parece adequada na altura em que os estão a ouvir.
desculpem o testamento mas muito mais haveria a dizer