Já devias saber que não vale a pena.....................
Vale vale...
Quando não se quer saber e se dá à prequiça, os outros é que nos têm que mostar o que não queremos ver...mas eu mostro, pronto:
Até começo pelo gráfico....(vamos lá ver se isto vai lá com desenhos):
Acusa-se o PS e Sócrates de culpados pelo estado económico e social a que o nosso país chegou e parece que tudo de mau nos bateu à porta desde 2006.
Dizem-nos que a dívida pública de hoje foi estabelecida apenas nos últimos 6 anos.
Nada mais errado, demagogo, falso e populista. Chega mesmo a ser deplorável esse juízo.
No gráfico (dados recolhidos no Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, entidade oficial e institucional:
IGCP, Instituto de Gesto da Tesouraria e do Crdito Pblico, I.P. - Dvida Directa do Estado ) facilmente se percebe que a historia está muito mal contada.
O histograma refere-se á divida pública de 1981 até 2010 comparando a percentagem do seu crescimento relativamente ao ano anterior.
No ano de 1981 a taxa foi de 50%, recorde até hoje, e ao que parece ainda o jovem José Sócrates não sonhava ser 1º Ministro de Portugal.
Na 1ª metade da década de 80 a dívida foi sempre aumentando. Sobre os 50% de 1981 juntaram-se mais 32% em 1982 e assim sucessivamente.
Além do aumento constante da dívida pública, a década de 80 é marcada pela entrada de Portugal para a CEE em 1986. Foi então o nosso período mais próspero onde o acesso a subsídios comunitários era frequente. É neste período (1985) que pela 1ª vez é eleito em Portugal um governo de maioria parlamentar constituído apenas por uma força politica. O nosso Primeiro-Ministro de então, diziam as críticas, era o melhor e mais brilhante economista e especialista em finanças públicas de sempre: professor Cavaco Silva (1985-1995). Nessa época, por um lado “ choviam” subsídios europeus e vivíamos em tempo de “ vacas gordas”. Por outro as nossas pescas quase terminavam e a nossa agricultura era quase residual. Tínhamos as auto-estradas! Estávamos na política do betão e alcatrão.
Curiosamente a nossa divida pública aumentava cada vez mais de ano para ano. Os 10 anos de governação PSD/ Cavaco Silva representaram o maior aumento de sempre em percentagem. Dos 2351,7 biliões de contos em 1985 passámos para os 10523,0 em 1995.
http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2010/Estatisticas/Annual_figures_2010(PT-UK).xls
É com este legado que o PS e Guterres (1995-2002) encontram o país. Como se pode verificar foram anos em que a dívida pública aumentou mas em pontos percentuais muito inferiores quando em comparação com a década de 85-95.
Os anos de governação de Sócrates dividem-se em 2 momentos. O primeiro (2006-2008) é marcado pela consolidação das contas públicas e o segundo (2009-2010) pela crise internacional, financeira e económica. Os países europeus tem dificuldade de financiamento, sofrem ataques dos mercados e vêem reduzidas as ajudas provenientes da União Europeia. Como consequência, nestes 2 últimos anos a divida pública aumentou: 12% em 2009 e 14% em 2010.
Este aumento de divida nos 6 ultimos anos de governação socialista fica muito abaixo das percentagens verificadas em 10 anos de gestão cavaquista.
Afinal quem contribui mais para o estado económico do país? Acho que não existem dúvidas.
Contra factos não há argumentos!