O Carlos, advogado, 45 anos, bonacheirão, adorava feijoada.
Porém, sempre que a comia, o feijão causava-lhe uma reacção fortemente embaraçosa.A sua saliente barriga inflava ainda mais, e os gases...
Um dia apaixonou-se. Quando chegou a altura de pedir a mulher em casamento, pensou: «Ela é de boa família, cheia de etiqueta, uma verdadeira dama, não vai aguentar estar casada comigo se eu continuar assim...» Decidiu fazer um sacrifício supremo e deixou de comer feijoadas.
Pouco depois, estavam casados. Passados alguns meses, ao voltar do trabalho, o carro avariou. Como estava longe, ligou à mulher e avisou-a que ia chegar tarde, pois tinha de regressar a pé. No caminho, passou por um pequeno restaurante e foi atingido pelo irresistível aroma de feijoada acabada de fazer. Como faltava muito para chegar, achou que a caminhada iria livrá-lo dos efeitos nefastos do feijão. Entrou, pediu, fez a sua pirâmide no prato. Ao sair, tinha 3 doses de feijoada no estômago. O feijão fez efeito e, durante todo o caminho, foi a peidar-se sem parar. Foi para casa literalmente a jacto. Peidava tanto que tinha de travar nas descidas, e nas subidas quase não fazia esforço a andar. Quando se cruzava com pessoas continha-se, e aproveitava a oportuna passagem de um ruidoso camião para soltar os gases. Quando chegou a casa, já se sentia mais seguro. A mulher parecia contente quando lhe abriu a porta e exclamou:
- «Querido, tenho uma surpresa para o jantar!» Tirou-lhe o casaco, pôs-lhe uma venda nos olhos, levou-o até à cadeira na cabeceira da mesa, sentou-o e pediu-lhe que não espreitasse. Já sentia mais uma ventosidade anal à porta, mas controlou-se . No momento em que a mulher ia retirar a venda, o telefone tocou. Ela obrigou-o a prometer que não espreitaria e foi atender o telefone. Era uma amiga... Enquanto ela estava longe, o Carlos aproveitou, levantou uma perna e «ppuueett», soltou um. Era um peido comum. Para além de sonoro, também fedeu a ovo podre. A plenos pulmões, soprou várias vezes, a toda a volta, para dispersar o cheiro. Quando começou a sentir-se melhor, surgiu outro. Este parecia potente. Levantou a perna, tentou sincronizar uma sonora tosse para encobrir e «pprrraaaaaaaa». Saiu um rasgador tossido. Parecia a ignição de um motor de camião, e com um cheiro mil vezes pior que o anterior. Para não sufocar com o cheiro a enxofre, abanou o ar com as mãos e soprou em volta, à espera que o cheiro dissipasse. Quando a atmosfera estava a voltar ao normal, eis que vem lá outro. Levantou as pernas e deixou sair o torpedo. Este foi o campeão, as janelas tremeram, os pratos saltaram na mesa, a cadeira saltou e, num minuto, as flores da sala murcharam. Enquanto ouvia a conversa da mulher ao telefone, permanecia fiel à sua promessa de não espreitar e continuou assim por mais um tanto, a peidar-se e a tossir, a levantar ora uma perna ora a outra, a soprar em volta, a sacudir as mãos e a abanar o guardanapo. Acendeu o isqueiro e desenhou com a chama círculos no ar, a tentar queimar o nefasto metano, que teimava em acumular-se na atmosfera. Ouviu a mulher despedir-se da amiga. Sempre com a venda posta, levantou-se apressadamente e, com uma mão, deu umas palmadas na almofada da cadeira para soltar o gás acumulado, enquanto a outra mão abanava para dispersar o cheiro. Sacudiu e deu palmadas nas calças para libertar-se dos últimos resíduos. Ouviu o «plim» do telefone a desligar. Alarmado, sentou-se rapidamente, compôs-se, ajeitou o cabelo, respirou profundamente, pousou as mãos ao lado do prato e assumiu um ar sorridente. Era a imagem da inocência quando a mulher entrou na sala. Desculpando-se pela demora, ela perguntou-lhe se havia espreitado à mesa. Depois de ele jurar que não, ela retirou-lhe a venda, e... SURPRESAAAAAA!!!
Estavam 12 pessoas, perplexas, pálidas e constrangidas, sentadas à mesa: os pais, os sogros, os irmãos e os colegas de tantos anos de trabalho. Era a festa surpresa do seu aniversário...